Este é o último capitulo desta temporada. Francisca, não fiques zangada comigo! Vais perceber quando chegares ao fim... E vocês nem imaginam o quão entusiasmada eu estou com a "nova" fic! Mal posso esperar para vocês a lerem! Espero que gostem deste capitulo :)
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Todas olharam para onde Paula estava a olhar e viram Nuno a entrar e a parar na porta assim que viu Diana. Não fez qualquer expressão, apenas dirigiu-se para uma mesa livre, longe da mesa onde Diana estava.
- O que é que vais fazer? – Perguntou Daniela.
- Acho que vou falar com ele.
Diana respirou fundo e levantou-se, dirigindo-se para a mesa onde Nuno estava com os seus amigos.
- Nuno, posso falar contigo?
Nuno olhou para os amigos e levantou-se, com um ar sério. Sairam os dois da cafetaria, Diana atrás de Nuno. Foram para o pátio, onde Nuno parou ao pé de uma árvore, e Diana parou em frente a si. Durante alguns segundos nenhum deles disse nada, até que Diana falou.
- Nuno, o que é que se passa entre nós?
- Não sei, diz-me tu.
- Ficaste chateado comigo?
- Chateado não, mas... não sei... Quando te tentei beijar, o meu irmão apareceu e depois tu fugiste.
- Desculpa. – Disse Diana, baixando a cabeça. – Mas eu não fiz por mal. Eu apenas sou demasiado insegura. Eu não ia ser capaz de acreditar que um rapaz tão fantástico como tu se apaixonaria por mim.
- E no entanto aconteceu. Tu gostas de mim?
Diana ficou pensativa e suspirou antes de lhe responder.
- Sim, gosto.
- Então não vejo qual é o problema. Eu gosto de ti, tu gostas de mim. O que te impede?
- Eu já te disse que sou demasiado insegura para acreditar no teu amor. Eu sou feia e gorda.
- Primeiro: eu achei que já tinhas superado isso tudo. Segundo: tu és linda.
Nuno acariciou a face de Diana e ambos sorriram. Numa questão de segundos, Nuno beijou Diana e esta não o impediu. Quando se separaram, Diana olhou para Nuno e perguntou-lhe:
- Isto quer dizer que agora somos namorados?
- Não, não. Ainda não.
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Era Sábado e Diana não tinha nada para fazer. Tinha acordado cedo devido ao hábito e agora, de tarde, estava deitada na cama e ouvir música. De repente, o seu telemóvel vibra indicando uma nova mensagem. Apressou-se a pegar no pequeno aparelho em cima da mesinha de cabeceira e desbloqueou o visor. Tinha uma nova mensagem de Nuno. Leu-a e esta dizia:
“Vem ter comigo ao cais. Precisamos de falar.”
Diana sorriu e calçou-se, saindo porta fora, agarrando na mala pelo caminho até à porta. Em poucos minutos chegou ao cais e depois de algum tempo à procura de Nuno, ela finalmente encontrou-o, ao longe, sentado num banco. Aproximou-se e quando chegou, a cara de Nuno iluminou-se. Levantou-se, pegando na guitarra que estava ao seu lado e deu um beijo na cara de Diana.
- O que queres de mim?
- Já vais ver.
Nuno sentou-se no banco novamente e fez sinal para que Diana se sentasse ao seu lado. Posicionou a guitarra na sua perna, pronto a começar a tocar. Começou por tocar alguns acordes, e com o tempo, a canção harmonizou-se. Começou a cantar e Diana lembrou-se que música era. Era aquela que ele tinha escrito inspirada nela. As pessoas que passavam olhavam, mas não achavam mal ou esquisito, até sorriam e gostavam. Quando Nuno acabou de tocar, pousou a guitarra e inclinou-se para beijar Diana. Esta sorriu e deixou-se levar, aproximando os seus lábios e beijando-o. Depois do beijo, Nuno sorriu e falou.
- Agora sim, já podes ser a minha princesa.
- Porquê só agora?
- Porque eu queria fazer tudo direitinho e começar uma relação de uma forma especial.
Os dois olharam para os olhos um do outro e viram que realmente se amavam.
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Diana chegou a casa depois de mais um dia de aulas. Naquele dia ia jantar fora com Nuno para celebrar um mês de namoro. Nunca mais se tinham largado. Estavam sempre juntos e amavam-se mais do que qualquer coisa. Diana subiu para o seu quarto para se arranjar mas mal chegou a meio das escadas.
- Diana! – Chamou a sua mãe.
Diana virou-se e viu os seus pais, ao fundo das escadas, com um ar preocupado.
- O que foi?
- Desce. Vamos falar para a sala. – Disse o seu pai.
Diana engoliu em seco e desceu as escadas, seguindo os pais até à sala. Estes sentaram-se no sofá e Diana sentou-se no cadeirão. Respirou fundo e olhou para os pais, à espera.
- Nós queremos contar-te uma coisa que se calhar não vais gostar. – Começou o pai de Diana.
- O que é? Digam-me, por favor. Sem rodeios.
- O teu pai recebeu uma carta de uma empresa no Canadá e querem que ele vá trabalhar para lá. – Continuou a mãe dela.
- Mas não aceitaste, pois não pai? Agora que viemos para cá?
- Tem calma, querida.
- Mas vais aceitar ou não? – Perguntou Diana, impaciente.
- Vou.
- O quê?
- Nós vamos voltar para o Canadá, Diana.
- Não... não pode ser... eu não volto para lá.
- Diana, querida, por favor, tenta compreender.
- Mãe, eu não vou deixar os meus amigos, o meu namorado, toda a gente e voltar para aquele inferno! Não vou para a mesma escola pois não?
- Não, não vais. Não queremos que te volte a acontecer algo de mal de novo.
Diana não sabia mais o que dizer. As lágrimas corriam-lhe pela cara e não havia nada a fazer.
- Quando é que vamos?
- Daqui a três semanas.
Diana assentiu com a cabeça e levantou-se, subindo as escadas e entrando no seu quarto. Sentou-se na cama e pensou em tudo aquilo que ia acontecer daqui para a frente. Pensou naquilo que os seus amigos iam dizer. Pensou na reação deles quando ela lhes contasse que se ia embora. Ainda tinha três semanas. Ainda tinha tempo para se preparar. E de repente uma outra pessoa apareceu na sua mente. Nuno. Como será que ele irá reagir? Como será que ela lhe ia contar? E sem pressa de cair, uma lágrima bateu no chão de madeira e Diana deixou-se cair para trás, batendo com as costas na cama dura que em breve iria deixar de ser a sua.